O Museu de Ciência da Amazônia mantém uma estreita relação com a iniciativa privada baseada na inovação e no desenvolvimento sustentável. Atualmente, conta com a participação da MAD – Made In Amazônia, empresa sediada no Pará, que produz cianobactérias e extratos para o setor de superalimentos.
Mais recentemente fechou também parceria com a Amyris Brasil, conglomerado americano sediado no Vale do Silício, com laboratório nacional. Focado no desenvolvimento de nutracêuticos, produtos de beleza e aromas naturais de alta eficiência e baixo impacto para o planeta, a multinacional vem apostando no potencial produtivo da Amazônia para o desenvolvimento de produtos.
Um exemplo é o óleo de hidratação para pele Esqualano, desenvolvido pela Amyris a partir de plantas. Com uso de biotecnologia, cientistas da empresa americana conseguiram chegar a um biossimilar vegano, produzido de maneira ecologicamente correta, estável e sustentável. Tal descoberta possibilitou o combate à prática de extração do emoliente do fígado de tubarões, evitando assim o abate de dois milhões de animais dessa espécie por ano.
A Spirulina, desenvolvida pela MAD, é outro bom exemplo da atuação de empresas na floresta. A produção do suplemento antioxidante, anti-inflamatório e fortalecedor do sistema imune introduziu o conceito de agricultura regenerativa na Amazônia, permitindo a extração concomitante à recuperação do solo e à regeneração e manutenção de toda a cadeia de produção.
Essas parcerias evidenciam a importância da bioeconomia como ferramenta de preservação da floresta em pé. Há uma variedade gigantesca de espécies e cultivos ainda inexplorados. Cabe à ciência dar os caminhos para que essas novas formas possam evoluir.