Análises sobre a biodiversidade de microalgas dão início aos estudos para o Cepário do MuCA

O MuCA iniciou mais uma etapa para a fundação de um cepário de microalgas no museu, o primeiro desse tipo no Brasil.  A doutora em biotecnologia de algas e mestre em aquicultura Isabel Portugal realizou a análise de microalgas a partir do uso de microscópios. Ela também é bióloga marinha do museu. No estudo, foi possível identificar o formato em espiral das espécies observadas, conforme a imagem abaixo.

Nesse estudo feito no MuCA, o objetivo era compreender como ocorre o crescimento da alga e o seu potencial em termos de qualidade nutricional, já que ela é usada para alimentação. “Os próximos passos são começar a isolar e catalogar a biodiversidade da região para entender quais são os possíveis negócios e potenciais trabalhos de bioeconomia, taxonomia, ecologia e todas as outras áreas”, conta a bióloga. 

Isabel explica ainda que um cepário consiste em um banco de espécies de microorganismos. Segundo ela, esses “abrigos” servem para estudos e também para entendimento do potencial biotecnológico das espécies estudadas. O cepário que o MuCA abrigará em breve será focado em espécies de microalgas.

No museu, Isabel atua na pesquisa do potencial biotecnológico das microalgas da região amazônica. Ela relembra a importância de se constituir mecanismos para a preservação do ecossistema da região. “Nos cepários, nós conseguimos entender e conhecer a biodiversidade local, mas só podemos preservar e utilizar aquilo que conhecemos”, ressalta a bióloga marinha.