Acervo do MuCA reúne o maior banco genético vivo do planeta e tem ambiente expositivo assinado por Marko Brajovic

Localizado na Vila Americana, em Belterra, no Pará, o Museu de Ciência da Amazônia (MuCA) está estrategicamente construído na região com a maior biodiversidade do país e considerada o maior laboratório a céu aberto do planeta. O museu detém uma coleção resultante de mais de 15 anos de coleta de espécies pelo Instituto Butantan, apoiado pela organização Ama Brasil, na Amazônia. Trata-se de um patrimônio biológico que estava sob a guarda da Universidade da Amazônia (Unama) e que deu subsídio para qualificação do MuCA como museu pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus. O acervo é composto ainda por dados coletados pelo programa Large-scale Biosphere- Atmosphere Experiment in Amazonia (LBA), realizado pela NASA. Em parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), as publicações desses dados serão disponibilizadas pelo MuCA para compreensão dos impactos na biosfera causados pelas atividades do homem e seus desdobramentos na natureza e no patrimônio biológico.

O Museu de Ciência da Amazônia vai abrigar também o maior banco genético vivo do planeta – legado de importância imensurável para a ciência e saúde humana. Necessárias para a preservação da diversidade de plantas e frutas da Amazônia, sementes crioulas serão sequenciadas geneticamente para fins medicinais, consolidando uma das mais fundamentais estratégias para a prevenção de doenças e ataques ao sistema imunológico do homem.

O ambiente expositivo do MuCA foi concebido pelo arquiteto Marko Brajovic, do Atelier Marko Brajovic, responsável também pela expografia da mostra Vida, a primeira do museu. A exposição apresenta os temas Biomimética, Zoologia, Bioativos, Plantas, Arqueologia e Biosfera combinando técnicas locais de construção, artesanato, grafismos e mobiliário indígena. O conteúdo é atualizado regularmente para incluir sempre novidades.